Cerca 77% dos benefícios revisados pelo INSS na Paraíba foram suspensos

Publicado em: 29/05/2017

Cerca de 77% dos beneficiários com auxílio-doença na Paraíba tiveram seus benefícios suspenso pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) até 12 de maio deste ano. O levantamento foi repassado ao G1 pelo gerente do INSS em João Pessoa, Rogério Oliveira, nesta quarta-feira (24). De 2.644 perícias feitas neste ano, 2.046 resultaram na suspensão do benefício pelo INSS. Entre as suspensões, 318 benefícios foram suspensos porque o contribuinte não marcou a perícia médica no INSS.

Rogério Oliveira explicou que os beneficiados, após a convocação por meio de carta, têm o prazo de cinco dias para agendar a perícia em qualquer agência do INSS, pela internet ou por telefone. “O percentual de suspensão dos benefícios na Paraíba está dentro da média vista em outros estados. A verdade é que a incapacidade que antes atingia o segurado, tem uma evolução e não o impede mais de trabalhar”, comentou. Os cortes resultaram em uma economia estimada de R$ 34,2 milhões nos cofres públicos federais.

As perícias médicas no INSS não interferem apenas para a suspensão, mas também ajudam na efetivação da aposentadoria por invalidez, de acordo com Rogério Oliveira. No mesmo período em que mais de 2 mil benefícios foram suspensos, o INSS converteu 75 auxílios-doença em auxílio-acidente e 367 em aposentadoria por invalidez. Ainda de acordo com o gerente do INSS em João Pessoa, outros 148 trabalhadores foram encaminhados para reabilitação profissional.

Rogério Oliveira, gerente do INSS em João Pessoa, recomenda máximo de exames e documentos (Foto: André Resende/G1)

Para que a perícia não seja prejudicial, Rogério Oliveira recomenda que o segurado busque o máximo de laudos e exames médicos que corroborem com a enfermidade para facilitar a análise da continuidade do auxílio por parte do perito médico do INSS. “É preciso que o beneficiado tenha em mãos os documentos para que facilite a perícia, embora a maioria receba atendimento pelo SUS”, comentou.

O processo de revisão dos benefícios teve início em 2017 após uma nova medida provisória em fevereiro e deve seguir até junho deste ano.

 

Fonte: G1










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