Faltam equipamentos e estrutura em agências do INSS pelo país

Publicado em: 26/10/2015

O assunto é a falta de estrutura nos postos do INSS pelo Brasil. Os peritos estão em greve. E uma fiscalização apontou que faltam equipamentos e tem agência caindo aos pedaços.

O resultado disso é um serviço sem nenhuma eficiência. O resultado é assustador. A controladoria concluiu que em mais da metade dos atendimentos, os laudos da perícia não são capazes de atestar se a pessoa está incapacitada ou não para o trabalho.

Fotos mostram o descalabro dentro das agências do INSS Brasil afora. Móveis e prédios em péssimo estado de conservação. Em um, a fiação está exposta. Em outro, tem goteira, infiltração. Confira as imagens no vídeo acima.

Em algumas agências da Previdência Social até animais foram encontrados. É em ambientes assim, que funcionários do INSS trabalham e que a população é atendida.

Em Salvador: Os tubos de ar-condicionado foram roubados por conta da retirada do vigilante noturno. Então, o perito atende portadores de doenças infectocontagiosas sem a devida climatização. As macas não dispõem de forro, contrariando toda a legislação sanitária vigente no país, afirma Edriene Teixeira, da Associação Nacional Médicos Peritos.

Uma fiscalização da Controladoria Geral da União mostra que de 1.475 agências do INSS no país, 412 não têm condições físicas mínimas de trabalho.

A fiscalização aponta ainda que 636 agências não têm equipamentos e móveis necessários para atender os segurados. Faltam por exemplo: macas, lençóis, computadores, estetoscópio.

O Bom Dia Brasil procurou uma associação que reúne médicos peritos em todo o país. E de acordo com essa associação, em alguns postos do INSS em São Paulo, a situação é tão precária que alguns equipamentos já não têm mais condições de serem usados no atendimento à população.

Aparelhos de pressão não temos. Às vezes tem um para toda agência que nem sequer é aferido. Mobiliário é ruim, é quebrado, muitas vezes, é sujo, revela Carlos Andrade, da Associação Nacional Médicos Peritos.

A fiscalização também constatou que em 53% dos casos, os laudos periciais não são capazes de atestar se a pessoa está incapacitada ou não para o trabalho.

Atribuo isso a uma falta de gestão da presidência do INSS. Muitas vezes fala que não há verba para fazer nada agora. E aí vai se protelando, pedindo tempo e o tempo vai passando e nada, diz Carlos Andrade.

O INSS diz que analisou e que vai resolver os problemas apontados. Afirma que tem contratos de manutenção predial em todas as unidades e que está em andamento um plano de construção e reformas. Sobre as falhas nos laudos, o INSS diz que a maioria não resulta em concessão indevida de benefício.

Fonte: G1 (21/10/2015)










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