Fraude no INSS

Publicado em: 28/03/2016

A Polícia Federal cumpriu 37 mandados de busca e apreensão no estado do Rio em nova etapa da Operação Lenda Urbana, deflagrada hoje (16), para investigar quadrilhas envolvidas em fraudes para a obtenção de benefícios previdenciários, que causaram prejuízo ao INSS de, pelo menos, R$ 6 milhões.

A operação é resultado das diligências da força-tarefa Previdenciária, composta por integrantes da Polícia Federal, do Ministério da Previdência Social e do Ministério Público Federal. A Lenda Urbana apura se advogados, despachantes, funcionários do INSS e contadores atuavam de forma organizada para conseguir benefícios fraudulentos.

As investigações indicaram que o grupo utilizava agências da Previdência Social das ruas Almirante Barroso e Raimundo Correia; e nos bairros do centro, de Ramos, do Maracanã, de Copacabana e de Del Castilho, na capital fluminense. Além disso, usavam também as agências de Piabetá, Duque de Caxias, Paracambi, Nova Iguaçu, Nilópolis e Arraial do Cabo. Em alguns casos utilizavam servidores do INSS participantes do esquema, em outros criavam artifícios para induzir outros servidores das agências ao erro.

Na operação foram apreendidos documentos, como carteiras de trabalho, guias e formulários médicos, além de computadores, aparelhos celulares e carimbos. De acordo com a PF, cerca de 150 agentes estiveram nos municípios do Rio de Janeiro; Niterói, Paracambi e Itaguaí, na região metropolitana; Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Seropédica, Mesquita, na Baixada Fluminense; e Volta Redonda, no sul fluminense.

A Polícia Federal explicou que as fraudes eram feitas com a utilização de Guias de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social contendo vínculos, períodos ou salários falsos. Os dados alimentavam o sistema do Cadastro Nacional de Informações Sociais e, dessa forma, os benefícios previdenciários eram criados em nome de laranjas.

Os laranjas são as pessoas emprestaram nome, documentos ou conta bancária para ocultar a identidade de quem as contrataram para fraudar o INSS. Foram apreendidos documentos, como carteiras de trabalho, guias e formulários médicos, além de computadores, aparelhos celulares e carimbos. Não houve prisões.

Fonte: EBC (16/03/2016)










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