Operação da PF desarticula organização suspeita de fraudar INSS
Publicado em: 25/06/2016
A Polícia Federal realiza a Operação Famulus em Gurupi, sul do Tocantins, nesta quinta-feira (23), com o objetivo de desarticular um grupo criminoso suspeito de praticar fraudes contra o INSS. Segundo a PF, a organização pode ter causado um prejuízo de R$ 412 mil.
Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva em Gurupi, Formoso do Araguaia, Palmeirópolis e Figueirópolis, todos expedidos pela Vara Única da Justiça Federal em Gurupi.
Segundo as informações da polícia, a Justiça Federal também ordenou ao INSS a suspensão de um benefício previdenciário que foi instruído com documentos fraudados por um escritório de advocacia que atuava na área previdenciária em Gurupi e Palmeirópolis.
Uma advogada, a mãe dela, um funcionário e um beneficiário foram conduzidos coercitivamente até a delegacia da PF em Gurupi para prestar esclarecimentos.
Como agiam
A PF informou que as fraudes ocorriam da seguinte maneira: os suspeitos cooptavam pessoas interessadas na obtenção de benefícios previdenciários. Estas pessoas entregavam seus documentos pessoais no escritório de uma advogada que alterava os campos relativos ao status social do requerente, como por exemplo a profissão.
Além disso, segundo a polícia, haviam casos em que, propositadamente, os investigados davam entrada no pedido junto ao INSS sem os documentos básicos para a concessão, com a finalidade de serem indeferidos para posteriormente serem concedidos através da Justiça Federal.
Prejuízos
Estão sendo investigados 26 procedimentos. A suspeita é de que eles causaram um prejuízo ao INSS de R$ 412 mil. Segundo a PF, a operação evita um desfalque de R$ 3,2 milhões, calculados com base na expectativa de vida dos beneficiários e nos valores concedidos indevidamente.
A PF informou que os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, cuja pena é de um a cinco anos, podendo ser aumentada de 1/3, sem prejuízo de outros crimes que vierem a ser comprovados no decorrer da análise das provas apreendidas durante a operação.
Fonte: G1 (23/06/2016)
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