INSS tem 660 mil perícias atrasadas após fim da greve dos peritos

Publicado em: 11/04/2016

Mais de dois meses após o fim da greve dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ainda é possível ver a peregrinação de segurados que tentam passar pela perícia para conseguir ou renovar um benefício. Nas contas do INSS, 660 mil perícias ainda precisam ser feitas no país, de um total de 1,3 milhão de exames que deixaram de ser feitos durante a greve. No Rio, desde o fim da greve, 54 mil perícias foram feitas.

De acordo com o diretor Sindical da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) Luiz Carlos Argolo, a reposição das perícias médicas não têm sido feitas de maneira ideal nas agências de todo o país, o que prejudica ainda mais o segurado. Segundo ele, se 85% dos peritos fizessem um mutirão para repor a agenda, o problema da fila estaria resolvido em dois meses. Com o método do INSS, no entanto, de escalar apenas os grevistas, a reposição poderá levar até um ano, diz Argolo.

Com o acúmulo de perícias, o diretor cita que o INSS não tem mais espaço físico para o atendimento nem servidores administrativos suficientes.

– Queremos a diluição dessa reposição para todos os peritos. Obviamente, quem fez greve precisa repor mais, mas quem não fez também precisa dar uma contribuição – diz.

De acordo com o INSS, o volume de perícias acumuladas durante a greve tem sido enfrentado com mutirões e abertura de vagas na agenda, geradas pela reposição dos dias parados. Isso permite, segundo o instituto, antecipar o atendimento daqueles segurados que estão esperando na fila dos exames há mais tempo.

Relatório do TCU

Um documento da Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta ineficiência nos sistemas de tecnologia da informação e banco de dados utilizados pela Previdência Social. Os problemas, segundo o relatório do TCU, podem comprometer as atividades finais da Previdência, ligadas diretamente à concessão de benefícios geridos pelo INSS.

Fonte: Extra (05/04/2016)










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